Festas juninas
Atualmente a festa junina pode ser considerada a segunda maior
festa popular do Brasil, ficando atrás apenas do carnaval e apresenta
algumas particularidades.
O cenário da festa é o ambiente rural, com danças, vestes, comidas
e músicas relativas ao trabalho e aos costumes da vida no campo.
Festas Juninas pelo Brasil
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região
Nordeste as festas ganham uma grande expressão. Como é um lugar onde a
seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para
agradecer as chuvas, raras na região, que servem para manter a
agricultura.
Hoje em dia ainda é muito comum a formação dos grupos
festeiros, que ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão
passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma
grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos
festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de
quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios,
sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos
para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre
durante toda a quermesse.
Comidas típicas
Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
O arraial
O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais, acontecem as quadrilhas, os forrós, jogos e brincadeiras e os casamentos matutos.
A Quadrilha
A quadrilha brasileira tem o seu nome originário uma dança de
salão francesa para quatro pares, a quadrille, que, por sua vez, já era
um desenvolvimento da contredanse, que se desenvolveu a partir de uma
dança inglesa de origem campesina.
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no
Brasil e se fundiu com danças brasileiras preexistentes e teve
subsequentes evoluções (entre elas, o aumento do número de pares e o
abandono de passos e ritmos franceses).
Esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste, e nunca deixou de ser um fenômeno popular e rural.
Como outras danças brasileiras, a quadrilha, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla brasileira.
Seja como for, pode-se afirmar que a quadrilha deve a sua
sobrevivência urbana ao trabalho educativo de conservação e prática
feito pelas escolas, mais do que à prática campesina real.
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